O blog de MetodologiaCI está fechando um ciclo para começar uma nova fase, na qual deixará de estar vinculado às disciplinas do PPGCINF.
Este blog começou depois de uma bem sucedida experiência com banners iniciada em 2008, divulgada por outro blog (ver post aqui), representando um passo além. A experiência cresceu e ultrapassou os limites da disciplina de Metodologia e, em 2009, também fez parte da antiga disciplina Gestão da Informação e do Conhecimento, que ministrei, à época, em conjunto com a Profa. Sofia (ver post aqui). Foram 5 turmas com banners físicos antes da 1/2013. Os resultados palpáveis puderam ser sentidos em maior participação de nossos alunos apresentando pôsteres em congressos nacionais, bem como no aprimoramento da modalidade banner em nossos WICIs. Em 2012 tentamos fazer banners virtuais, mas a proposta, em termos de discussão e divulgação, não foi muito para frente. Nesse semestre, por sugestão da Profa. Sofia, retomamos esse tipo de atividade (ver post aqui), que foi bem sucedida, a julgar pelo retorno dado por alguns alunos, pela cara de satisfação de todos tirando fotos e mais fotos ao lado dos próprios banners e, principalmente, pela qualidade dos resultados observados (ver post aqui).
Este Blog foi inaugurado em 12 de março de 2010, estimulado pelo Prof. Marcelo, responsável pelo blog "Ciência Brasil". De lá para cá foram mais de 40 meses a serviço do PPGCINF, como indicava o antigo subtítulo: "Blog destinado a auxiliar nas atividades da disciplina do curso de pós-graduação em Ciência da Informação da UnB" (ver print screen aqui). Foram incontáveis horas da vida privada dedicadas a ele. O resultado computou, até 26/ago, mais de 113.000 acessos. O sucesso na transposição das fronteiras físicas da sala de aula pode ser detectado pelo fato de 12% do público ser externo ao país e 78% de fora de Brasília. O alcance chegou a 89 países em todos os continentes. Foram 1.373 cidades, sendo 788 no Brasil. Eu e outros 20 autores publicamos 183 posts, que provocaram mais de mil comentários. Deste blog foram criados 58 outros blogs de alunos de pós. Nosso post mais acessado teve de 24 mil leitores e contou com 117 comentários. Como apoio didático, o blog esteve presente em 8 turmas diferentes, sendo 5 de mestrado (4 na UnB e uma na UdeA, Colômbia), uma de doutorado (na UFES) e duas de especialização (na UnB).
A inovação sempre é incômoda para quem gosta das coisas mais estáticas. A experiência com blogs, já em 2010, gerou ruídos, que culminaram em um post-advertência sobre a necessidade de discussão franca e aberta entre alunos de uma universidade pública e gratuita com eventuais interlocutores (ver aqui). Apesar disso acredito, pela experiência acumulada, pelo retorno recebido e pelo uso da metodologia em turmas diferentes, que o balanço geral é bem positivo.
A inovação sempre é incômoda para quem gosta das coisas mais estáticas. A experiência com blogs, já em 2010, gerou ruídos, que culminaram em um post-advertência sobre a necessidade de discussão franca e aberta entre alunos de uma universidade pública e gratuita com eventuais interlocutores (ver aqui). Apesar disso acredito, pela experiência acumulada, pelo retorno recebido e pelo uso da metodologia em turmas diferentes, que o balanço geral é bem positivo.
A disciplina de Metodologia, no período 2007-2013, também inovou ao tentar provocar nos alunos o pensamento crítico e a reflexão aprofundada sobre a própria pesquisa. Os clássicos manuais que traziam “receitas de bolo” para a pesquisa standard foram abandonados; uma bibliografia distinta e questionadora foi adotada. As ideias de Tomanik tornaram-se bastante familiares aos alunos, bibliografia até então inédita no programa (conforme foi mostrado em trabalho anterior); o próprio Tomanik tornou-se conhecido de muitos, vindo participar de mesa redonda, respondendo a e-mails de alunos e participando de alguns seminários, via Skype. Newton Freire-Maia e Milton Santos são mais alguns exemplos somados ao rol de autores antes não discutidos nos cursos de metodologia da FCI; procuramos, assim, fomentar a discussão crítica sobre o lugar que ocupamos ao desenvolver ciência, com recursos públicos, em um país tão desigual.
Ter a disciplina voltada para o pensamento crítico, por meio da desconstrução de supostas verdades, tem como efeitos colaterais a ausência de um direcionamento mais "objetivo" da aula e a ausência de uma explicação mais técnica sobre os principais métodos específicos de pesquisa aplicados (ou aplicáveis) em CI. As incertezas e angústias, que surgem quando se evita tal direcionamento supostamente técnico, foram usadas como estratégia para levar os discentes a tornarem-se construtores do próprio conhecimento e a buscarem, por si mesmos, as respostas necessárias às perguntas que surgem da desconstrução. Não se trata, portanto, de uma lacuna, porém de um espaço a ser criticamente construído pelo aluno, através da pesquisa ativa e, sobretudo, do contato sistemático e regular com o próprio orientador.
Como tudo na vida tem seu fim, esta proposta didática, que teve um de seus objetivos definidos como "desenvolver nos alunos atitude crítica cientificamente fundamentada e capacidade para identificar problemas pesquisáveis nas áreas de ciência da informação, com vistas ao aperfeiçoamento de projeto de pesquisa original, visando dissertação de mestrado", chega a seu termo, no âmbito do PPGCINF, após 6 anos de aplicação e aprimoramento.
Como tudo na vida tem seu fim, esta proposta didática, que teve um de seus objetivos definidos como "desenvolver nos alunos atitude crítica cientificamente fundamentada e capacidade para identificar problemas pesquisáveis nas áreas de ciência da informação, com vistas ao aperfeiçoamento de projeto de pesquisa original, visando dissertação de mestrado", chega a seu termo, no âmbito do PPGCINF, após 6 anos de aplicação e aprimoramento.
Este blog estará, doravante, desvinculado do PPGCINF-UnB, mas manterá seu enfoque analítico, conforme aponta seu novo subtítulo: "Ambiente virtual de debate metodológico em Ciência da Informação, pesquisa científica e produção social de conhecimento".